9.4.20

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Sofremos quando somos mal-entendido

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"O que nos entristece verdadeiramente e que nos torna amarga a existência referece-se sempre à relação com nosso semelhantes. Pessoalmente estou convencido de que sofremos quando somos mal-entendidos pelos outros e sentimos com isto aviltados, maltratados, desvalorizados."

Não são palavras minhas essas acima. São palavras de um artigo chamado "A Dor do Homem". Ele não considera a dor por problemas de mal-funcionamento do cérebro. E não dor física. Dor emocional mesmo. Tirando este parênteses, parece-me perfeito.

Por princípio a dor, a mágoa, a solidão, a angústia e sentimentos semelhantes são algo pessoal. Bem pessoal mesmo. Mas a psicanálise pode dar uma outra abordagem, ainda mais no que diz respeito ao sofrimento emocional. O outro, o nosso semelhante, de quem gostamos, porém quem não mais queremos como corpo, tende a nos querer sofrer, nos ver sofrer, nos fazer sofrer. Não deve impressionar isto. Assusta um pouco. O susto é o inacreditável com o inesperado.

Ser comunicativo traz ao homem boa vantagem. Ser comunicativo e culto leva um pouco ao inesperado e ao espanto. Ser comunicativo, culto e atencioso leva ao encanto. E ser encantador por um período leva ao amor. O amor pode ser correspondido, mas o amor pode ser ao mesmo tempo correspondido e dificilmente realizável. O sofrimento vem neste momento. O fazer sofrer aparece a partir de então.

Entristece-me verdadeiramente. Creio que fazer o outro sofrer, além de ser algo do inconsciente da pessoa, causa um alívio momentâneo. Ou um alívio duradouro se a pessoa realmente for muito fraca. Como eu tenho uma baita consciência disto tudo, meu cuidado com o sentimento das pessoas chega a ser como lavar uma taça de cristal. Não descuido da fragilidade. 

Retomando o texto acima, "sofremos quando somos mal-entendidos", e eu acrescento: propositadamente mal-entendidos! Ainda que a pessoa não tenha plena consciência. O sentimento de amor pelo outro, que não mais correspondemos, turva as palavras porque ele espera veneno em tudo. Nunca néctar. Botar dois para conversar quando um quer ver o outro sofrer vira uma guerra de perdedores e cada vez mais desafetos. É triste. Talvez necessário. Mas é triste. De minha parte, escolho escrever para fazer o processo inverso: compreender e fazer refletir. Sou compreensível e reflexivo. Da vida, nada levamos. Poder deixar bons momentos para quem nos ama de verdade é uma dádiva. Dadivemos!

5.4.20

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Defuntos Emocionais

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Estamos vivendo tempos difíceis. Vivemos dias de alguma esperança regados com uma boa dose de preocupação. Não é difícil que, diante de uma situação como a que estamos vivendo, nosso coração tente encontrar qualidades e menosprezar defeitos de antigos amores.

A tentação é grande em reatar laços com pessoas do passado que nunca nos fizeram bem. A vontade de mandar uma mensagem e de receber uma “boa noite” de quem nunca esteve nem aí pra gente parece gritante, mas o ideal é resistir.

Pessoas empáticas continuam a ser empáticas em bons e maus momentos e pessoas insensíveis, manipuladoras, egoístas, perversas e sem bom senso continuam a ser exatamente como sempre foram em qualquer situação.

Muitas dessas pessoas por questões psicológicas não conseguem sentir como os demais e isso incluí não ter cuidado com o próximo ou sentir medo por si e pelos outros.

Acredite, você não errou ao se afastar dessa ou daquela pessoa. Você estava ciente quando bloqueou esse ou aquele contato. Não esqueça das situações pelas quais você passou. Em como a pessoa, com a qual você está pensando em reatar laços, fez você se sentir.

Tempos difíceis nos fazem ver a vida com olhos menos críticos. E isso incluí enxergar o outro com uma boa dose de ilusão. No íntimo desejamos que aquela pessoa, que um dia foi especial para nós, tenha repensado a vida e mudado para melhor. Mas isso quase sempre não acontece.

Diferente do que vemos em filmes, nos quais um pilantra milagrosamente se transforma, na vida real reatar laços com defuntos emocionais, quase sempre, traz uma boa dose de estresse, além de abrir uma brecha para o passado fazer um novo estrago no presente. Nesse momento é importante manter o equilíbrio e ficar perto de pessoas realmente queridas.

Priorize aqueles que sempre estiveram ao seu lado, nos maus e bons momentos. Cerque-se de amor. Cerque-se de cuidados. Não deixe a negação e a carência falar mais alto. Entenda, como E. Hemingway uma vez bem entendeu, as pessoas que estarão nas trincheiras ao seu lado (nesse momento mais que nunca), importam mais do que a própria guerra.

3.4.20

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Quase que coincidentemente com o Corona vírus aqui no Brasil, a estiagem abarcou no litoral Norte de SP. Aqui chove muito, e o ano todo. Chove demais, incansavelmente. Aprendemos a nos molhar e a andar na chuva, o que aliás não acontece em SP, já que lá há proteção por todo lado. A coincidência agora é que ao longo desse confinamento temos tido aqui no litoral dos mais belos dias do ano, coisa que eu não via desde que mudei-me para cá em 2016. Por que logo agora? Poderia praguejar, mas eu vejo Deus nos detalhes. Não entendo a lógica de Deus e levo meu relacionamento pela fé e especulo por especular. Se me perguntarem se há Deus envolvido na parada do Corona vírus, eu digo que sim pensando no que há de positivo para a raça humana. Essa minha visão de olhar para o mundo, para os seres humanos dentro de sua frenética e alienada existência que praticamente afetada a todos direta ou indiretamente. Havíamos nos desacostumados de nossas ruas e vilas, de coisas simples de ficar na rua, na calçada, em casa. A propósito, ficar em casa era agora a extensão dos círculos de amigos e passeios pelas mídias sociais, e não vivíamos o distanciamento. Não vou levar tão a sério que seja Deus nos mandando mensagem através desse vírus, simplesmente porque pessoas estão sofrendo, e sofrendo muito. As pessoas sofriam antes do Corona vírus, e continuarão sofrendo depois. Certa vez um conhecido cristão disse para mim que Hitler foi uma forma dos judeus tentarem curvar-se diante de Jesus Cristo. A crença desse conhecido em relação a Hitler não é isolada. Hitler foi enviado por Deus para castigar os judeus. Deve ser senso comum entre os cristãos comungarem desse castigo. É complicado radicalizar o óbvio, já que crises assim houve e sempre haverá. Não somos imunes. A única diferença agora é que saímos da tela dos cinemas, e coletivamente estamos no mesmo drama em um enredo real. Não é um filme particular. Todos os dias em todos os cantos somos lembrados. Pode reparar que em algum sentido os depressivos têm demonstrado menos ansiedade, e aqueles que eram ansiosos têm uma chance de tentar praticar a concentração nesse aqui e agora. O que quero dizer mesmo é que alguns pequenos detalhes podem se tornar mensagens de força no compartilhado momento de incertezas e até debilidade. Sol com o mar lindo inspira gratidão. Algumas pessoas, que atentaram contra a própria vida recentemente, estão agora buscando resinificar sua existência. Pessoas que sofrem nesse momento a dor da separação, ainda sofrem, mas relativizam o que é realmente amar. Um pai poder falar aos filhos que devemos aprender a conviver agora em família, sem briga, porque estaremos confinados por semana ou meses, é uma oportunidade e tanto; nós termos que valorizar comida, água e gás de cozinha é uma guinada e tanto diante dos nossos valores. Todos os planos de viagem futura têm se dissolvido no ar e sem dores. Casamentos e outros sonhos concentrados nesse nosso agora. Agarrar-se no presente pode ser nossa salvação, assim como cultivar a positividade. Se falo de Deus, tento crer apenas naquilo que a cruel e mortal realidade se me mostra, mas tento crer que há algo positivo. O que for positivo, chamo bom; o que for negativo chamo de a ganância e maldade humana. Nosso caminho era a autodestruição. Veja só o dia bonito lá fora. E está lindo mesmo aqui em Barra do Una. A beleza do dia existe e eu não posso usufruir dele, consumi-lo da forma que gostaria, e aprendo que o planeta não é exclusivamente para meu usufruto. Aliás, aprendemos que sem o ser humano, a vida floresce. Deus alimenta a todos, da mesmo forma que alimentaremos um dia outras vidas. Esse momento é para tentar alimentar a alma e se possível aprender a compartilhar. Esse é o momento de reparar que podemos viver sem muitas coisas, e que o sentido na vida humana vem de dentro.

Flavio Notaroberto

2.4.20

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Livro da semana: Um amor para recordar

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Sabe aquele livro que traz inúmeras emoções e principalmente lições? Pela terceira vez embarquei na leitura de “um amor para recordar”, escrito por Nicholas Sparks e publicado atualmente pela Editora Arqueiro, e vivenciei novamente todas as emoções que essa leitura pode proporcionar
UM AMOR QUASE IMPOSSÍVEL
Neste livro nós conhecemos Landon, um jovem rapaz de 17 anos que está prestes a ir ao baile de formatura, mas após ter terminado seu relacionamento, se vê totalmente desesperado em conseguir alguém de companhia. De todas as pessoas do colégio, Landon jamais imaginou que chamaria a filha do pastor, Jamie Sullivan, para lhe fazer companhia. Ela era uma garota diferente das quais ele costumava andar: não usava maquiagem, vivia de cabeço preso e com a Bíblia embaixo dos braços.
Sem contar o que as pessoas pensariam se os vissem juntos? O que o pastor pensaria sobre suas intenções? Quando ele a convida para ir ao baile, ela aceita, mas com uma única condição: ele não poderá se apaixonar por ela.
Quais seriam as chances dele se apaixonar? Quase nulas, mas Jamie mostrará para Landon a importância de pequenos gestos e ele terá a sua vida mudada para sempre como ele jamais esperou.
AQUELE LIVRO CHEIO DE AMOR
Não é surpresa para quem me segue que Nicholas Sparks é meu autor favorito, né? Ele, sem dúvidas, tem as histórias mais emocionantes e que deixam o coração cheio de amor; que te faz chorar, sorrir, sofrer e suspirar em diversos momentos. Claro que com a leitura de “um amor para recordar” não foi diferente.
Como disse no começo dessa resenha, foi a terceira vez que li esse livro e novamente eu senti todas aquelas emoções. É incrível a forma como o autor consegue cativar e fazer com que você sinta uma montanha-russa em cada capítulo.
Confesso que logo no começo eu não conseguia me apegar ao Landon. A forma como ele olhava para Jamie e não se importava com os sentimentos dela, me deixou realmente irritada (e essa sensação eu tive todas as vezes que li), mas com o decorrer dos capítulos e a aproximação entre eles, percebemos que sua visão mudou completamente sobre Jamie e quando isso acontece, o livro fica apaixonante.
AQUELE CHORO QUE SEMPRE VEM
Nicholas Sparks não seria Nicholas Sparks se não fizesse o leitor chorar, né? Eu que o diga! Já perdi as contas de quantas vezes chorei com os livros dele e quem ainda não leu, pode esperar que em algum momento as lágrimas aparecem.
Esse livro é aquele que nos mostra a realidade. Mostra como o amor verdadeiro está em qualquer lugar e que pode superar qualquer obstáculo; mostra que uma pessoa pode, sim, mudar alguém e até mesmo seus sentimos; mostra que não importa as dificuldades que encontramos na vida, precisamos sempre sorrir e tentar quebrar qualquer barreira.
Landon é o exemplo de adolescente rebelde, mas que o amor o transformou. Jamie é o exemplo de jovem que, mesmo com sua doença, ainda é capaz de sorrir, amar e ajudar o próximo. É impossível não se encantar com esses dois.


Então se você ainda tem dúvida se deve ou não ler algo do autor, simplesmente leia. Sinta todas emoções que suas palavras podem proporcionar e viva todos os altos e baixos desse livro. Deixe seu coração por completo com essa obra.♥

19.3.20

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Unha da Semana

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Olá, pessoal! Tudo bem??? 
Vim falar com vocês sobre este esmalte MARAAA!! 
Tem um cheiro maravilhoso e tem uma durabilidade excelente. Ja estou há uns 4 dias com ele e não saiu nada ainda. Acreditam?? Surreal pra mim! Rs
Minhas unhas nunca aguentam muito tempo com esmalte, mas este esta mais do que aprovado! 
Recomendo muito!!!!!